Casamento chinês
Diferente do costume que predomina por aqui, no casamento chinês a parte religiosa é um acontecimento inteiramente privado o noivo vai até a casa da noiva, e lá eles rezam e agradecem a seus pais e antepassados, muito valorizados pela cultura chinesa.
Na recepção, que em geral acontece em um restaurante, a noiva entra vestida de branco. “Também há troca de alianças, brinde, o corte do bolo, alguns elementos ocidentais que foram absorvidos. Para receber os cumprimentos, ela veste o tipal, um vestido vermelho tradicional. “Algumas noivas mais tradicionais usam só esse traje, e fazem o ritual antigo em que a noiva fica coberta por um pano vermelho, e é descoberta pelo noivo, e este ato representa o casamento. Mas isso hoje é muito raro, não acontece em nem um em dez casamentos que organizo.” O vermelho predomina na decoração dos casamentos, por representar força e prosperidade. Um papel de destaque análogo ao do padrinho é atribuído à pessoa que apresentou o casal. Assim como os noivos, essa pessoa é identificada por uma fita, semelhante a uma condecoração, onde está escrito seu papel no casamento, como se fosse um crachá.
Willian conta que a parte da celebração a que os chineses dão mais importância é o banquete, e é nisso que mais se investe “É essencial servir bem os convidados, oferecer comida boa. Na mesa de casamento não se economiza, se serve o que há de melhor.” O farto jantar do casamento chinês pode ter até 12 pratos, com variedade de entradas, sopas, sobremesas e pratos quentes, que muitas vezes incluem iguarias finas e caras como lagosta ou barbatana de tubarão.
Na tradição chinesa os convidados não dão presentes, mas sim dinheiro, oferecido em envelopes vermelhos. “Na entrada da recepção há um livro de assinaturas, onde constam também os valores dados, por isso os convidados ficam sem graça de deixar pouco”, diverte-se Willian. “Às vezes o casal recebe mais do que o custo de toda a festa”.
Ano Novo
Para a maioria das nações, o Ano Novo é comemorado na virada do dia 31 de Dezembro para o dia 01 de Janeiro, segundo o calendário gregoriano. Já na China, o Ano Novo é comemorado segundo o calendário lunar. Esse período é um dos mais importantes para a sociedade chinesa, pois eles fazem uma pausa no trabalho para festejar com a família. Os primeiros registos sobre a comemoração do Ano Novo Chinês têm aproximadamente 2.000 anos. Essa tradição foi sendo moldada através de lendas, histórias e hábitos. O rito de passagem de ano tem início semanas antes, os chineses costumam limpar seus lares para afastar os maus espíritos.
No 23º dia do último mês lunar, eles oferecem comida ao Deus da Cozinha, que segundo eles é o responsável pela prosperidade familiar. Também costumam colar nas portas e janelas das casas papéis vermelhos com dizeres de bom agouro em dourado, os Tao Fu, para atrair bons fluídos e proteger quem mora ali. O vermelho e o dourado são as cores oficiais da data, segundo os chineses elas são responsáveis por trazer boa sorte àqueles que as usam, principalmente em roupas novas. Assim como na comemoração ocidental do Ano Novo, os chineses consumam reunir-se em família e produzirem uma mesa farta na noite da véspera do Ano Novo Chinês.
Quando o relógio marca meia-noite, todos comem um bolinho chinês cozido (conhecido pelos ocidentais como guioza). Os mais velhos presenteiam os mais jovens e solteiros com dinheiro, cuja entrega é feita dentro de um envelope vermelho, que por superstição não deve ser aberto na frente de quem presenteia. Logo depois se inicia a queima de fogos, jogos e brincadeiras, o festejo só termina ao amanhecer do novo ano. Tradicionalmente, no primeiro dia do ano, as pessoas dedicam-se a visitar parentes e amigos. A comemoração só termina no 15º dia do mês, quando acontece a Festa das Lanternas. Cada ano é dedicado a um animal do signo chinês, 2008 é o ano do rato.
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