terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Escrita chinesa

A escrita chinesa remonta ao 2o milénio a.C. Os seus caracteres, cerca 11 de 50 000 dos quais apenas 4 000 ou 3 000 são usados no dia-a-dia, pouco ou nada mudaram desde o século IV d.C. - só em 1956 é que vários caracteres foram simplificados num esforço para aumentar os níveis de literacia da população. Tal como vimos nas escritas do Médio Oriente e do Mediterrâneo, também a escrita chinesa se espalhou pelo Oriente. Os caracteres foram, com o tempo, evoluíram para um aspecto mais abstracto. Além disso, os caracteres passaram também a ser uma forma de arte: desenhados no espaço correspondente a um quadrado invisível, cada caracter deve ser harmonioso no seu desenho, demonstrando equilíbrio no conjunto dos traços. E existem 12 tipos de traços específicos – é com base nestes doze traços que os caracteres se constroem, podendo conter entre 1 e 84 traços.
Mas, que tipo de caracteres é que constituem a escrita chinesa? Os caracteres chineses são formados tendo em atenção a imagem ou forma, o sentido, o som ou o empréstimo das palavras:
• Logogramas - representam palavras (cada caracter representa uma sílaba);
• Pictogramas - representam objectos físicos;
• Ideogramas - representam ideias ou conceitos, surgindo muitas vezes unidos a pictogramas;
• Silabogramas - representam apenas sons, podendo ser utilizados para escrever nomes estrangeiros, por exemplo.
Contudo, os caracteres chineses são mais comuns caracterizados de acordo com a sua composição. Um caracter simples será um pictograma (ou um ideograma); mas todos os caracteres se podem fundir para dar origem a novos caracteres:
• Caracteres Compostos - quando dois ou mais logogramas (podem ser simples, compostos ou complexos) se fundem para formar uma nova palavra;
• Caracteres Complexos - quando um caracter (pode ser simples, composto ou complexo) funde-se com um determinativo


fonte: http://criarmundos.do.sapo.pt/Linguistica/pesquisaescrita024.html

Dinastias chinesas




As dinastias chinesas, como a Han, dominaram por muito tempo, mas também houve dinastias estrangeiras, como Yuan e Qing.

A Dinastia Shang (1766 a.C – 1045 a.C.)

A Dinastia Shang foi a primeira dinastia verdadeira e surgiu depois da lendária Dinastia Xia. Localizado no Vale Huang He, o Reino Shang era uma sociedade muito desenvolvida, governada por uma classe de aristocratas de forma hereditária.

A sociedade Shang era dividida em duas classes sociais – a nobreza e o povo– e governada por um rei sacerdote. Famosa pelas suas finas esculturas em jade, trabalhos em cobre e tecidos de seda, a dinastia também desenvolveu carruagens de guerrra puxadas por cavalos e um sistema próprio de escrita durante este período. O sistema de escrita Shang usava mais de 3.000 símbolos, esculpidos em ossos e cascos de tartaruga. Essa linguagem evoluiu mais tarde para os caracteres usados na grafia chinesa.

Ocasionalmente o povo Shang praticava sacrifícios humanos, incluindo a queima de escravos vivos nas tumbas dos seus mestres. A Dinastia Shang acabou quando uma rebelião de escravos derrubou o último imperador.

Dinastia Zhou (1045 a.C – 256 a.C)

Em 1045 a.C., os Zhou da China ocidental aniquilaram os Shang e estabeleceram a sua própria dinastia. A sociedade dos Zhou possuía um sistema de classes bem parecido com a Dinastia Shang, com aristocratas e plebeus, mas com uma classe adicional de escravos.

A dinastia Zhou controlava diretamente apenas algumas partes do norte da China, dividindo o reino em vários estados. Cada um era dominado por um governador local, que apoiava a autoridade central. Ao longo do tempo, estes estados tornaram-se cada vez mais independentes, enfraquecendo o poder da dinastia.

Em 771 a.C., uma invasão estrangeira obrigou os Zhou a abandonar sua capital e seguir para leste, iniciando o período Zhou Oriental. As cidades cresceram, criando uma classe de mercadores que usava dinheiro. Os artesãos do bronze atingem seu apogeu artístico e técnico.

Em 256 a.C, a Dinastia Zhou finalmente terminou, quando o governo central perdeu poder e se dividiu em sete grandes estados.



Dinastia Qin (221 a.C – 206 a.C.)

Depois do colapso da Dinastia Zhou, sete diferentes estados guerrearam entre si para obter o controle da China. O estado de Qin saiu vitorioso e estabeleceu um império forte e autoritário. O Imperador Qin Shi Huang aboliu os estados e criou um governo central forte, que agia de forma cruel e autoritária, com grande eficiência administrativa e um código legal rígido.

O governo Qin trouxe muitas das mudanças duradouras que unificaram a China. A moeda e a escrita chinesas foram padronizadas. O Imperador Qin ordenou a construção da Grande Muralha da China para defender seu reino contra a invasão estrangeira. A Grande Muralha, ampliada e reconstruída por dinastias futuras, estende-se por cerca de 7.240 quilómetros, do Mar Amarelo à Xinjiang, na China ocidental.

O Imperador Qin cobrava pesadas taxas e impostos do povo chinês para sustentar as suas extensas campanhas militares e projetos de construção. Devido ao governo cruel e ao excesso de impostos, uma guerra civil eclodiu quando o Imperador Qin morreu, em 206 a.C., provocando o colapso da sua dinastia.

Dinastia Han (206 a.C. – 220 d.C)

Depois da queda da Dinastia Qin, o poderoso estado Han estabeleceu a Dinastia Han. Ela divide-se em dois períodos: a Dinastia Han Ocidental, que durou 206 a.C. a 8 d.C. e a Dinastia Han Oriental, que governou de 25 a 220 d.C. O povo chinês ainda se refere a si mesmo como povo Han.

O governo manteve grande parte da estrutura administrativa Qin, mas dispensou a excessiva centralização do poder. Em 8 d.C., um oficial rebelde usurpou o trono para estabelecer a curta Dinastia Xin, mas a Dinastia Han recuperou o poder em 25 d.C. Durante a Dinastia Han Oriental, a economia, a educação e a ciência evoluiram. Havia comércio com os vizinhos do norte, e também com as civilizações na Europa, através da continental Rota da Seda. Escritores criaram grandes obras literárias, incluindo textos históricos e dicionários. Vindo da Índia, o Budismo também foi introduzido na China. A Dinastia Han era extremamente militarizada, e expandiu suas fronteiras para incorporar as regiões que hoje correspondem ao Tibete, Coreia do Norte e norte do Vietname.

A Dinastia Han finalmente se enfraqueceu com a rivalidade política e a corrupção. Poderosos estados vassalos se revoltaram, e uma rebelião em larga escala eclodiu, causando a queda da dinastia em 220 d.C. A partir daí, a China se dividiu em três reinos que competiam entre si, e foi ameaçada pelas invasões de tribos nómadas do norte.



fonte: http://www.discoverybrasil.com/china_antiga/dinastias_chinesas